Aconteceu na manhã desta terça (2) a primeira reunião entre o Sindicato e o Ministério Público do Trabalho (MPT), para tratar da Proguaru.

O encontro, on-line, abre o chamado diálogo social, com o objetivo de buscar a mediação do MPT para o caso real de extinção da empresa e demissão em massa de mais de 4,6 mil trabalhadores.

Participaram, pela diretoria do Stap, Renata Grota e Eli Edgar dos Santos, assessorados pelos advogados Marcelo de Campos Mendes Pereira e Jéssica de Alencar Firmino. Pela Conalis (Coordenação Nacional da Liberdade Sindical do MPT), participaram os procuradores Ronaldo Lima dos Santos (coordenador nacional), Jefferson Luiz Maciel Rodrigues (vice-coordenador nacional) e Lisandra Xavier da Silva.

Temas - A reunião de hoje é resultado de procedimento formalizado pelo Sindicato ao Ministério Público do Trabalho dia 22 de dezembro, no qual denunciamos a atitude arbitrária do prefeito Guti e alertamos o MPT para o risco de tragédia social em caso das demissões em massa.

Segundo o dr. Ronaldo Lima, o Ministério não tem, como ocorre na Justiça, poder de intervir. Mas buscará a mediação. Ele e também o dr. Jefferson Maciel orientaram no sentido de se fortalecer o diálogo. “A ameaça aos empregos é real. Vamos nos empenhar em buscar a solução”, diz o dr. Ronaldo.

Avaliação - A diretora Renata Grota avalia como “instrutiva e produtiva” a reunião com o MPT. Ela diz: “Confiamos na seriedade do Ministério Público do Trabalho, que sempre procura proteger o trabalhador atacado em seus direitos.”

Ao se manifestar na reunião, nosso diretor Eli contou do drama emocional dos trabalhadores. “O medo do desemprego desestabiliza as pessoas. Conheço colegas que estão deprimidos e têm seguidas crises de choro”, narrou aos procuradores. Segundo Eli, há casos em que trabalham na Proguaru o marido, a esposa e outras pessoas da mesma família.

Prefeitura - Após ouvir o Stap, o Ministério Público do Trabalho deve chamar a Prefeitura para procedimento semelhante.