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• 16/8/2019 - sexta-feira

Saída está no atendimento básico,
diz Rogério, presidente do Conselho


Tem gente morrendo na fila de espera de consultas, exames e cirurgias. E essa fila, devido a problemas de gestão e a cortes de recursos do governo federal, tende a aumentar. Cabe ao governo municipal, portanto, intervir e melhorar a situação.

Quem avalia o quadro e sugere mudanças é Rogério de Oliveira, secretário-geral do Sindicato, presidente do Conselho Municipal de Saúde (CMS) e funcionário do HMU - Hospital Municipal de Urgências.

Esse quadro tem sido objeto de frequentes debates no Conselho, fato que voltou a ocorrer quinta (15), quando o pleno do CMS fez reunião extraordinária pra avaliar as contas do primeiro quadrimestre da Secretaria Municipal de Saúde, dirigida pela dra. Ana Cristina Kantzos.


Rogério é secretário-geral do Sindicato e presidente do CMS

Prevenção - “A atenção básica é a porta de entrada para a prevenção, cuidados e controle de doenças crônicas, como hipertensão e outras, que são deflagradoras de problemas mais graves, que geram sofrimento ao doente e gastos crescentes. O nó está aí, mas parece que o governo tem dificuldade em entender”, afirma Rogério.

No pleno extra do Conselho, quinta, Rogério apontou que falta, na saúde municipal, explicar a relação entre investimentos e serviços efetivamente prestados à população. Ele também comenta a falta de médicos: “Cerca de 150 passaram em concurso. Mas não são efetivados, o que deixa a população ainda mais desprotegida”. Porém, não é só preencher vagas. “Precisamos de aumentar o pessoal, ampliar os procedimentos e contar com equipamentos suficientes”, ele comenta.

Escassez - O governo federal, via Emenda 95, contingenciou recursos e congelou investimentos na saúde. Isso agravou o quadro no município. “Em Guarulhos, 25% do que está destinado no orçamento vão para a atenção básica e 52% são carreados à rede de média e alta complexidade. O resultado é que as pessoas tentam buscar essa rede, o que aumenta as filas e faz crescer o custo”, afirma o presidente do Conselho.

Arrocho - Essa situação se agrava, também, com o desemprego. Segundo Rogério de Oliveira, “sem emprego e com a renda em queda, as pessoas deixam os planos de saúde e correm pra rede pública”. Ou seja, entra-se num círculo vicioso. A saída, segundo Rogério, é fortalecer a rede básica, vale dizer o SUS. “Mas essa deve ser uma luta nacional, de todo o povo”, arremata.

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