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• 08/10/2025 - quarta-feira

Dirigentes debatem impactos da
Reforma Administrativa na Força Sindical

Na manhã desta quarta, 8, representantes de diversas entidades do funcionalismo público participaram de um debate promovido pela Força Sindical, em sua sede no Palácio do Trabalhador, em São Paulo. O encontro foi conduzido pela secretária nacional dos servidores públicos da Central, Cristina Helena Gomes, e reuniu lideranças preocupadas com os retrocessos contidos na proposta de Reforma Administrativa.


Promoveram palestras o presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), João Domingos Gomes dos Santos, o diretor do Dieese, Victor Pagani, e o diretor da Federação dos Servidores do Estado (Fessp-Esp, Leonardo Quintiliano.

Victor Pagani apresentou os quatro eixos da proposta: estratégia, governança e gestão; transformação digital; profissionalização; e extinção de privilégios. Ele alerta que, apesar de conter elementos de apelo popular, como o fim dos super salários, a proposta reforça a lógica de austeridade e meritocracia, com medidas como remuneração variável por metas e fim das progressões por tempo de serviço. Tais mudanças podem comprimir ainda mais os salários dos servidores e comprometer a qualidade dos serviços prestados à população.

Já Leonardo Quintiliano chamou atenção para os riscos à população, como a limitação de decisões judiciais sobre fornecimento de medicamentos, condicionadas ao orçamento. Ele também criticou o modelo de avaliação de desempenho proposto, que pode favorecer práticas de assédio moral e prejudicar a autonomia dos servidores.

"O servidor foi o escolhido para ser atacado nos últimos 10 anos. E a cada proposta apresentada no Congresso, vem um ataque cada vez pior na vida funcional. Por isso, é de grande importância que os servidores de Guarulhos conheçam a proposta apresentada em Brasília e saibam o que está em jogo", destaca o presidente do Stap, Pedro Zanotti Filho.

"A estabilidade pode acabar. Os concursos públicos podem acabar. Podem iniciar o modelo de contratação temporária. A avaliação de desempenho que não avalia o que o governo fornece, mas avalia o que o servidor deixa de fazer por falta de estrutura, será uma espécie de guilhotina no funcionalismo público. São tantos ataques, tanta retirada de direitos, que só nos resta mobilizar e fazer a população entender e ficar ao nosso lado", afirma.

"Assim como o Brasil mostrou sua voz e disse não à PEC da Bandidagem, agora é hora dos servidores públicos ocuparem as ruas, dialogarem com a população e fazer o governo recuar nessa monstruosidade que é a Reforma Administrativa", completa Pedro.

Como forma de resistência, os dirigentes presentes no evento desta quarta anunciaram manifestações em São Paulo (dia 26) e em Brasília (dia 29), além da produção de materiais informativos para esclarecer a sociedade sobre os impactos negativos da Reforma Administrativa. O objetivo é ampliar a mobilização e pressionar o Congresso Nacional por um debate mais justo e transparente sobre o tema.

Clique aqui e veja o conteúdo da Reforma Administrativa na íntegra.
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