A Prefeitura de Guarulhos ajuizou uma ação no Tribunal de Justiça de São Paulo para tentar declarar ilegal a greve dos Servidores Municipais iniciada nesta segunda (12). No documento, com mais de 100 páginas, o governo municipal afirma que o movimento é abusivo e pede que a Justiça determine o retorno imediato dos trabalhadores aos seus postos de trabalho, o que, na prática, significaria o fim da mobilização.

O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública Municipal de Guarulhos (STAP) repudia a tentativa da Prefeitura de desmobilizar a greve na base da canetada judicial. Para o presidente do Sindicato, Pedro Zanotti Filho, o movimento é absolutamente legal e respaldado pela lei.

“Todos os trâmites legais foram seguidos. Fizemos assembleia, notificamos a Prefeitura dentro do prazo e garantimos os serviços essenciais, como determina a Lei da Greve. Inclusive, publicamos vídeos em nossas redes sociais reforçando que esses serviços não devem ser paralisados, a não ser nos dias de folga dos trabalhadores”, afirmou Pedro.

A ação da Prefeitura sustenta que a greve é irregular por ausência de documentos e por não ter respeitado as exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal. O STAP rebate com firmeza essa alegação, afirmando que foi elaborado um estudo técnico que comprova que o reajuste pedido pelos servidores é compatível com o orçamento da cidade, não viola a LRF e é perfeitamente possível de ser concedido.

“É uma manobra política para calar o funcionalismo. Se aceitarmos voltar ao trabalho por imposição judicial, estaremos perdendo uma batalha fundamental pelos nossos direitos e pela valorização do serviço público”, declarou Pedro Zanotti.

A mobilização dos Servidores continua firme. Nesta terça (13), a greve segue com concentração a partir das 10h, em frente ao Paço Municipal. O STAP convoca todos os trabalhadores a manterem a pressão e fortalecerem o movimento, que já se tornou símbolo da luta contra a desvalorização da categoria.