Nesta quinta (9), os diretores do STAP, Rogério de Oliveira e Eli Edgar dos Santos, foram os convidados do programa Tribuna Livre, apresentado pelo jornalista Roberto Samuel. Durante a entrevista, os dirigentes explicaram sobre toda a história que ocorreu quando do fechamento da Proguaru pelo Governo Municipal, as lutas dos trabalhadores e a recente decisão favorável da Justiça, que exigiu a reintegração dos demitidos a partir de 10 de dezembro de 2021.

Rogério explicou sobre o processo movido pelo Sindicato na defesa irrestrita dos funcionários, que acabaram demitidos em uma canetada do prefeito Guti, sem qualquer diálogo com a categoria.

"Lá no início, conseguimos uma liminar proibindo que a Prefeitura realizasse a demissão em massa. O governo, por sua vez, conseguiu derrubar essa liminar e acabou demitindo os cerca de 4.500 trabalhadores. Mas há um ano e meio, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que nenhuma empresa pudesse demitir em massa sem negociar com a entidade representativa dos funcionários, que em nosso caso é o STAP", explicou.

Segundo o diretor Eli, a empresa não fechou o CNPJ, apenas encerrou as atividades. "Enquanto tiver CNPJ, a empresa está ativa. Todos os trabalhadores foram prejudicados. Alguns foram aproveitados nas empresas terceirizadas, mas nem todos", contou Eli.

Para Rogério de Oliveira, o fechamento da Proguaru não teve até hoje uma explicação convicente. "O prefeito alegou que a empresa dava prejuízo, mas não apresentou ainda um balancete sequer dizendo o quanto economizou com o encerramento da empresa. E onde estava o cabide de empregos, ainda existe, pois essas pessoas seguem espalhadas pela Prefeitura", denuncia.

Defesa - Desde o início, o Sindicato esteve a frente na defesa de todos os trabalhadores da Proguaru. "Vamos entrar com embargo porque queremos indenização aos que foram demitidos e ficaram desempregados. A Prefeitura precisa resolver. Ela e o pai do fechamento da Proguaru, o arquiteto da maldade, que foi o Ibrahim", ressaltou Rogério.

Processo - Por se tratar da maior demissão coletiva dos últimos 50 anos no Brasil, ela fez um grande estrago em muitas famílias. "O prefeito não tem noção do prejuízo. Nem as grandes montadoras demitiram em massa dessa forma. Houve repercussão nacional, ninguém concordava com isso, somente o prefeito Guti e o secretário Americano", prossegue Rogério.

Para o secretário-geral do STAP, a entidade sempre esteve ao lado de cada um e seguirá até o fim deste processo. "A Prefeitura precisa se posicionar. Foi uma ação difícil, demorada. O que vai acontecer daí pra frente é um passo de cada vez. Acreditamos que, na pior das hipóteses, esses trabalhadores precisam ser todos indenizados. Não desistimos e não vamos desistir", destaca Rogério de Oliveira.

"As informações oficiais são somente do STAP, que é quem está a frente neste processo. Neste momento, aparece um monte de gente querendo dar orientação, informação. Então, fique atento às informações do STAP. Todos os desdobramentos serão divulgados em nossas páginas oficiais", conclui o diretor Eli Edgar.

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