As conquistas dos Guardas Civis Municipais merecem um capítulo especial na história do Stap. Aliás, a mobilização desse segmento do funcionalismo inaugura o capítulo de lutas do grupo que venceu as eleições em 2005 e tomou posse em fevereiro de 2006.

2006 - A primeira mobilização coletiva se deu em maio. E derrubou a então comandante da Corporação, Mônica Mazzola, devido ao excesso de autoritarismo.

Aquela primeira vitória motivou os Guardas por melhorias salariais e evolução na Carreira. Mas nada caiu do céu. Para tanto, foram necessárias duas greves, muita negociação coletiva e pressão constante nos governos.

O presidente Pedro Zanotti Filho comenta: “Greve de segmento armado gera apreensão. Mas os Guardas, nas duas paralisações, mostraram forte disciplina e responsabilidade”. E completa: “As duas greves abriram caminhos para conquistas futuras. As Carreiras dos novos GCMs colhem os frutos daquelas lutas”.

Jornada - Ainda na greve de 2006, garantimos o retorno da segunda folga da Jornada 12X36; antes era apenas uma folga no mês. Além disso, conquistamos o direito do GCM ter a cautela da arma e dos coletes balísticos. Nosso diretor Leandro Martins comenta: “Nossas conquistas são gradativas e ao longo do tempo beneficiam o conjunto da corporação”.

2007 - O segundo movimento ocorreu em novembro de 2007. A reivindicação era a criação de lei que instituísse a gratificação de risco-atividade. Porém, neste segundo ato não chegou a ocorrer paralisação. Leandro explica: “Fizemos manifestações nos dias de folga e também boicote das horas extras”. A luta conseguiu risco-atividade de 11% para todos.

2010 - Em abril, houve greve entre os dias 12 e 15. Principal vitória foi a reformulação do plano de carreira. Leandro relembra: “Dessa greve conseguimos elevação salarial de 30%. Conseguimos risco-atividade de 11% pra 30%, e também a ascensão no reenquadramento da nova Carreira, que acabou gerando mais ganho salarial”.


2012 - Outra vitória dos GCMs foi impedir a adoção da “Operação Delegada”, que, na prática, colocaria a Guarda sob comando da PM. Além disso, a operação Alckmin-Almeida custaria só naquele ano em torno de R$ 900 mil ao município. Pra impedir tal operação lesiva, o Sindicato mobilizou os Guardas, fez atos na Câmara e denunciou à opinião pública os prejuízos pra nossa cidade.

2014 - O Stap apoiou a ida dos Guardas a Brasília pra reforçar o movimento em prol da criação do Estatuto Geral das Guardas. O diretor Leandro esteve acompanhado por dois GCMs da base. “Fomos aos gabinetes dos deputados e senadores e ocupamos o plenário com Guardas de todo o Brasil”, ele relembra. Graças à pressão, o estatuto foi aprovado pelo Congresso Nacional e, em seguida, sancionado por Dilma Rousseff.

2020 - Em março, após negociação e luta, os Guardas conquistaram o direito à evolução na Carreira. O presidente Pedro Zanotti Filho comenta: “Foram mais de dois anos de muitas mobilizações. Mas a luta valeu a pena e a ascensão foi publicada”.
Renovação - A mais recente conquista ocorreu em maio deste ano, com a renovação do Acordo Coletivo de Jornada de Horas. Conseguimos manter a jornada 12X36 com duas folgas mensais. Leandro comemora: "Essa jornada é muito importante para toda a corporação. Por isso, sempre que se renova o acordo há muita comemoração". A renovação vale por mais dois anos.