• 19/9/2017 - terça-feira
Editorial
ATACAM OS SERVIDORES. E POR QUÊ?
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Pedro Zanotti Filho - Presidente Diretoria "Sindicato Forte" pedro@stapguarulhos.org.br facebook.com/pedrozanottifilho |
A Constituição-cidadã de 1988 produziu, pela primeira vez em nossa história, um efetivo Estado de Direito. Foi essa Carta que, por exemplo, instituiu a Seguridade Social, antes inexistente.
A Constituição ampliou as responsabilidades do Estado ante os cidadãos e criou condições, reais, para a expansão de serviços essenciais, como Saúde, Educação e outros.
Estado democrático e bons serviços públicos requerem, em todos os níveis, um corpo estável e qualificado de Servidores. Somos nós, portanto, os agentes que efetivam o que a Constituição e a lei estabelecem.
Pois bem. A classe dominante nunca engoliu tais avanços. E já na eleição de 1989 criou o “caçador de Marajás”, Collor de Mello, que se elegeu presidente à base desse discurso sujo, com respaldo da grande mídia.
As perseguições, de lá para cá, e especialmente na gestão FHC, não cessaram. E mesmo governos dito progressistas agrediram a massa servidora, sem ter coragem de mexer no privilégio de castas do Estado.
Essa agressão chega agora ao ápice, com Michel Temer. Seu ajuste fiscal agride a todos, mas afeta especialmente os serviços públicos e os Servidores. A mídia, mais uma vez, dá cobertura aos ataques. E as iniciativas do Congresso contra os Servidores só acontecem porque têm sintonia com o Executivo, que é capacho do capital.
Eles querem só prejudicar o Servidor? É mais! A corja dominante quer enfraquecer o funcionalismo para esvaziar o Estado; ao esvaziar o Estado, cortar serviços públicos e direitos essenciais; ao fazer isso, desorganizar a base social do País; ao desorganizar a base social, nos transformar num País de segunda linha e quarto de despejo do capitalismo internacional.
O que fazer? Resistir. Se não podemos resistir lá, dentro do Congresso e do Executivo federal, temos de resistir aqui, no funcionalismo de Guarulhos, em cada repartição, em todas as seções.
Resistir dia a dia, hora a hora, permanentemente. Essa é a orientação do Sindicato e nosso compromisso. Somos Servidores públicos, temos dignidade. Portanto, é de cabeça erguida que devemos lutar por nossos direitos e combater toda forma de abuso, assédio e agressão.