Editorial
Terceirizações no Maranhão
Pedro Zanotti Filho Presidente Diretoria "Sindicato Forte" pedro@stapguarulhos.org.br www.facebook.com/pedrozanottifilho |
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A selvageria nos presídios maranhenses deve ter muitas razões. E explicações.
Mas, a cada dia, vai ficando mais claro que a insegurança, a baderna e o descontrole têm a ver com a saída dos agentes do Estado e a entrada de empresas privadas.
Empresas que só visam ao lucro e servem a interesses políticos espúrios. O dono da empresa A é cunhado da governadora; o dono da empresa B é cunhado do cunhado; e assim por diante.
O Sindicato dos Agentes Penitenciários acusa o governo estadual de fazer privatização disfarçada nos presídios. A Associação dos Magistrados Brasileiros é direta: o caos se deve à falta de investimentos públicos.
A terceirização, especialmente da forma como propõe Projeto do deputado-empresário Sandro Mabel, é essencialmente selvagem. Num ambiente violento, como são nossos presídios, a selvageria explode.
Essa selvageria tem um responsável maior. No caso, é a governadora que manda comprar lagosta para o Palácio, enquanto os presos, sob guarda do Estado, se dilaceram.