O Stap volta a denunciar a situação crítica enfrentada diariamente pelos trabalhadores que precisam de atendimento no Sesmt (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) da Prefeitura. O local, que deveria garantir o cuidado à saúde física e mental dos Servidores, tem se tornado motivo de sofrimento e indignação entre os trabalhadores do funcionalismo.

Segundo relatos que chegam constantemente ao Sindicato, o Sesmt é palco de humilhações, desrespeito e negligência. Médicos e profissionais do setor desconsideram laudos e atestados emitidos por especialistas, obrigando servidores com problemas psicológicos e emocionais a retornarem ao trabalho mesmo sem condições de saúde.

Em um dos casos recentes, uma professora recebeu do seu médico particular um atestado de 30 dias de afastamento por questões psicológicas. O Sesmt, no entanto, ignorou a recomendação clínica e determinou o retorno imediato ao trabalho, expondo a servidora a um risco ainda maior de agravamento de seu quadro.

“Um absurdo. O Sesmt tem que acabar”, diz presidente Pedro Zanotti Filho

Durante o programa Radar de Notícias, em Guarulhos, o presidente do STAP, Pedro Zanotti Filho, voltou a denunciar o descaso e a postura autoritária do setor.

“Estou há mais de 20 anos no movimento sindical, e sempre lutei contra todo tipo de terceirização. Mas nesse caso não dá. O Sesmt tem que acabar. É um descaso com os trabalhadores. Não é possível continuar vendo servidor ser humilhado e desrespeitado por quem deveria cuidar da sua saúde”, afirmou o presidente.

O problema não é novo. Em julho de 2023, o Departamento Jurídico do Sindicato elaborou um dossiê de 21 páginas com relatos e provas documentais de dezenas de servidores vítimas de maus-tratos, assédio e decisões arbitrárias dentro do Sesmt.

O material foi protocolado na Câmara Municipal e entregue aos 34 vereadores da cidade, além de ter sido encaminhado à Prefeitura de Guarulhos. Até o momento, nenhuma medida concreta foi tomada pelo Legislativo nem pelo Executivo para solucionar o problema.

Diariamente, o STAP recebe novas mensagens e denúncias de servidores revoltados com o atendimento no Sesmt. O sentimento é de impotência e de falta de acolhimento.

“É com muita tristeza que o Sindicato se vê obrigado a dizer que, neste caso, algo precisa ser terceirizado. O Sesmt, como está, se transformou em um espaço de sofrimento e de desrespeito. Não há diálogo, não há humanidade”, reforçou o presidente Pedro Zanotti Filho.

O STAP continuará cobrando soluções urgentes e permanentes, e não vai se calar diante do descaso e do sofrimento dos servidores municipais.