• 17/7/2019 - quarta-feira
Debate sobre efeitos da reforma
continua no recesso, diz diretora Sara
Após aprovarem o texto da reforma da Previdência, no último dia 10, os deputados votaram emendas à proposta que aliviaram alguns itens da PEC 6/2019. Entre as mudanças, estão a redução na idade para aposentadoria dos(as) policiais, uma melhora no cálculo do benefício para as mulheres, idade mínima menor para professores e para os homens.
Foi mantida a aposentadoria especial do professor, que permite aos docentes da educação infantil e do ensino básico se aposentar com cinco anos a menos que o exigido para os demais trabalhadores.
Para a nossa diretora Sara Santana, presidente do Conselho Municipal de
Educação, a revisão de alguns artigos não ameniza a tragédia que
representa esta reforma para o País. "Quem vai sofrer com isso são os
mais pobres. Não vejo essas modificações com bons olhos, quando sabemos
que o congelamento dos gastos com educação e saúde reduziram ainda mais
os salários dos professores”, diz.
Sara explica: "Nosso Sindicato tem em nossa base sete mil docentes, que enfrentam condições de trabalho precárias, violência, aulas em três ou quatro escolas e o desgaste da profissão".
Nosso Sindicato em ação durante ato em defesa da aposentadoria e da Educação, em maio
Educação - Nosso Sindicato teve forte atuação nas greves contra os cortes na Educação promovidos pelo governo Bolsonaro, e a mobilização não será menor agora, com o desmonte da Previdência Social.
Reuniões e discussões sobre a reforma continuam durante o recesso. Sara afirma: “Estamos debatendo quais serão as ações que faremos para o segundo semestre. Não aceitaremos isso".
A votação em segundo turno da reforma está prevista para o dia 12 de agosto.