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• 6/3/2019 - quarta-feira

Professora critica maldades contra
mulher na reforma da Previdência

Jair Bolsonaro foi eleito dizendo-se defensor dos valores familiares. Mas seu projeto de reforma da Previdência mostra o contrário. A reforma é um golpe duro no núcleo familiar e atinge principalmente a mulher.

Pelas regras, a pessoa terá que trabalhar mais (pois a idade mínima sobe), terá que contribuir mais (40 anos para receber o valor cheio) e receber menos, porque a média vai ser rebaixada.

Em entrevista ao Sindicato, a professora de educação básica da Prefeitura de Guarulhos, Kátia Cristina Barbatano dos Santos, 45 anos, falou sobre sua insegurança em se aposentar e também do futuro sombrio que vislumbra para a Educação.       

O primeiro ponto negativo que ela indica  é o aumento do tempo de contribuição a todos os trabalhadores. “Fico imaginando qual vai ser a qualidade da educação, que já não é maravilhosa, quando esses profissionais, que ainda carregam o barco no braço, não conseguirem mais fazê-lo, devido ao desgaste da idade e também da saúde física e mental”, observa.

A professora explica que, pela Lei atual, precisa contribuir 25 anos pra se aposentar. Ela já contribuiu 22. Kátia comenta: “Eu teria mais três anos de contribuição. Mas, segundo a nova regra, o governo acaba com a aposentadoria especial dos professores. Eu entraria nas regras como qualquer outro trabalhador e me aposentaria apenas com 62 anos e 40 de contribuição. Ou seja, trabalharia por mais 17 anos”.

Igualdade - Para a educadora, a equidade etária entre homens e mulheres, no caso de professores, precisa ser antecedida pelo reconhecimento igualitário entre ambos. “No futuro, espero que homens e mulheres possam se aposentar com a mesma idade e tempo de contribuição, mas hoje isso é inviável pelas desigualdades de condições no trabalho formal e na jornada dobrada, que, infelizmente, muitas mulheres têm que arcar sozinhas”.

No entender da professora Kátia, a reforma de Bolsonaro é ainda pior que a de Temer, que levou multidões para as ruas em protesto. Ela afirma; “O governo quer cortar de quem dá o sangue e não de onde precisa tirar de fato, que são os setores privilegiados”.

Pedro - Nosso presidente Pedro Zanotti Filho comenta: “Infelizmente, Bolsonaro vem radicalizando contra os trabalhadores. Ele já cortou R$ 8,00 do salário mínimo e agora defende uma mudança que dificulta as aposentadorias e privatiza a Seguridade”. O presidente pede que todos fiquem atentos à reforma e se mobilizem.


Kátia Cristina é professora de Educação Básica da Prefeitura

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